domingo, 20 de abril de 2008

CONSTRUÇÃO DE VALORES

Normalmente quando precisamos comprar algo a primeira pergunta que nos vem a mente é: "Quanto custa?", sendo que, na realidade o que mais nos interessa é: "Quanto vale?".

As empresas que sabem trabalhar o marketing planejam seus produtos e serviços com o objetivo de agregar o máximo de "valor" aos seus produtos, e mesmo que você não pergunte ao vendedor o "quanto vale" o que você está comprando, pode apostar que no seu subconsciente acontece uma verdadeira tempesdade, principalmente se você está comprando um produto de uma marca nova no mercado, ou até mesmo desconhecida. Afinal, que garantias tem esse produto ou serviço? Qual a durabilidade?Existe uma rede de assistência técnica? Será que é certificado pelo INMETRO (http://www.inmetro.gov.br/)?
Essas dúvidas são menos freqüentes quando adquirimos algo de uma marca de renome no mercado, como por exemplo, uma motocicleta da linha HONDA, ao comprar esse produto, o consumidor tem a total tranqüilidade de que dificilmente será "abandonado" caso ocorra algum problema com a moto, "o valor da imagem" HONDA, transmite ao cliente segurança e durabilidade, pois ele sabe que pode contar com uma ampla rede de assistência técnica, que está presente em todo território nacional, custos de manutenção muito baixos e pouquissíma perda na hora de vender a moto a outra pessoa.
Eu utilizei a HONDA como exemplo por que é uma marca que sabe como trabalhar as estratégias de marketing, sabem que ao agregar "valor" aos seus produtos fazem com que seus consumidores não se incomodem tanto com o "custo". O custo monetário torna-se irrelevante se o produto em questão tem um alto "valor agregado".
Recentemente a GRADIENTE cometeu uma falha drástica, ao anunciar que não poderia oferecer garantia aos produtos que estão a venda no varejo, a empresa atravessa por dificuldades financeiras e não consegue repor peças eletrônicas (leia reportagem:http://info.abril.com.br/aberto/infonews/042008/18042008-9.shl ), isso causa um dano irreparável a marca, que até então, transmitia um bom nível de confiança aos seus consumidores, o pior de tudo é que a empresa tomou a posição de não se pronunciar quanto ao caso, ou seja, se recentemente você comprou algum produto da marca GRADIENTE, com a tranqüilidade de que o produto "vale o quanto custa", pode começar a se preocupar.
O que eu quero exemplificar com o episódio da Gradiente, é o Custo Psíquico x Valor da Imagem, uma marca que conquista um alto valor a sua imagem, transmite tranqüilidade ao consumidor, ao contrário das marcas que tem "o filme queimado", que ao comprar um desses produtos, a primeira pergunta que vem a mente é: "Quanto tempo vai durar?" ou "Onde é que estava com a cabeça quanto resolvi comprar essa @#%&*+".
Eu lembro das brincadeiras que as pessoas faziam quanto compravam algum produto da CCE, lamentavam-se dizendo "Comecei Comprando Errado", por mais que empresa se esforce em tentar desfazer esse tipo de má impressão, dificilmente obterá êxito, afinal já dizia o velho ditado "A primeira impressão é a que fica".

Um comentário:

Anônimo disse...

É verdade, não existe sensação melhor do que comprar um mproduto e sentir-se tranquilo quanto a garantia e durabilidade. Quanto a Gradiente, que p... sacanagem dos caras.
Parabéns pela postagem.